Da Coluna do Ancelmo Gois sobre Vik Muniz, no Twitter, com relação a derrota no Oscar do documentário “Lixo extraordinário” para “Trabalho interno”, sobre a crise global de 2008:
“Fizemos um filme sobre como transformar lixo em dinheiro e deram o Oscar para um sobre como transformar dinheiro em lixo.”
O filme "Lixo extraordinário", coprodução do Brasil e Reino Unido, perdeu o Oscar de melhor documentário para "Trabalho interno" (Inside Job, em inglês), de Charles Ferguson.
Os outros concorrentes foram "Exit through the gift shop", do artista plástico Banksy; "GasLand", de Josh Fox, Restrepo", de Tim Hetherington e Sebastian Junger.
O anúncio do vencedor da estatueta foi feito por Oprah Winfrey.
Narrado por Matt Damon, o documentário escancara verdades da crise econômica mundial de 2008, que abalou os Estados Unidos e resultou na perda do emprego e moradia para milhões de pessoas. O filme mostra as relações políticas em pesquisas e entrevistas com figurões do sistema financeiro norte-americano, como o ex-corretor do CitiGroup e Merrill Lynch, Satyajit Das, economistas, lobistas e professores universitários.
Resenha por Miguel Barbieri Jr:
Ganhador do Oscar de melhor documentário, o filme recupera, de forma didática e extensa, os motivos que levaram os Estados Unidos e o mundo à crise econômica de 2008, a maior desde a Grande Depressão americana da década de 30.
Tema interessante, porém formatado em realização quadrada e enfadonha. O diretor foi atrás de lobistas, economistas, professores universitários e conversou com medalhões que estiveram no olho do furacão. Entre eles, Satyajit Das, ex-corretor do CitiGroup e Merrill Lynch.
Em alguns momentos, o realizador pretende se equiparar a Michael Moore (diretor de "Fahrenheit 11 de Setembro") e usa a artilharia verbal para colocar os entrevistados em saia justa. Mas, embora o roteiro desenvolva-se como uma eficaz aula universitária, faz falta ser menos racional e aprofundar-se nas vítimas do buraco financeiro que perderam todas suas economias
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