sábado, 20 de agosto de 2011

Diário de um adolescente

Baseado em fatos reais o filme  narra a trajetória do jovem Jim, um ótimo jogador de basquete e poeta extremamente talentoso, mas que tem sua vida destruída e seu futuro ameaçados quando junto com seu grupo de amigos se envolve no mundo das drogas. Narrado de forma muito realista o filme tem uma abordagem jovem, sem lições de moral, o que o torna muito atrativo.
Os acontecimentos são ambientados nos anos 1970 em Nova York, mas pode ser considerado atual, pois indiferente da época todos passamos pela adolescência que pode ser considerada a ponte para a vida adulta, e essa travessia não é nada fácil, pois adolescente não é criança, mas também não é adulto, é o momento de construção da identidade, de escolhas que podem definir o rumo da vida, e é exatamente nesta fase que muitos se envolvem com drogas.



Quando Jim diz que muitas pessoas ingressam no mundo das drogas acreditando que tem tudo sob controle, mas depois percebem que o vício torna-se um trabalho das 09 hs. às 17 hs, deixando bem claro a gravidade da situação. Lamentavelmente alguns vivem nesta condição em tempo integral, sem dias de folga e nem horário de descanso e vale ressaltar que o álcool também é uma droga.



Em busca do significado da amizade

Mary & Max (Mary and Max, 2009), animação longa-metragem de stop-motion escrita e dirigida por Adam Elliot, é uma exploração de improbabilidades. O filme tem em sua premissa uma chance ínfima e acaba ele mesmo um em um milhão: uma produção com personagens de massinha que resulta absolutamente tocante.
Depressivo no tom e no visual (seria mais sensato chamá-lo de desenho "desanimado", já que muito pouco efetivamente acontece na tela), o filme acompanha dois personagens solitários, cujas vidas se cruzam pelo maior dos acasos: uma página aleatória aberta em uma lista telefônica. Motivada por uma dúvida infantil, a australiana Mary Daisy Dinkle, 8 anos, decide escrever ao nova-iorquino Max Jerry Horowitz, 44 anos. Junto à carta, alguns desenhos, uma barra de chocolate e a dúvida: "de onde vêm os bebês nos Estados Unidos". A correspondência inocente muda a vida de ambos para sempre, iniciando uma história que transcorre por mais de uma década.
A direção de arte é inspiradora. Elliot, dono de um Oscar de curta animado (Harvie Krumpet, 2003), opta por protagonistas caricatos e quase malfeitos de tão simples. Os cenários são muito mais ricos - a Austrália e seus tons terrosos contrastando com a cinzenta Nova York. É tudo proposital. Enquanto uma Pixar capricha em seus personagens principais por dentro e por fora, o animador se arrisca em recheá-los de dor e dúvida, sem uma superfície fofinha e cativante.
Com o palco montado, inicia-se uma longa e verborrágica discussão filosófica sobre religião, vida em sociedade, sexo, amor, confiança e, principalmente, a importância e o significado da amizade. As cartas também refletem a caótica estrutura racional de remetente e destinatário, sempre com um monotonia instigante. Ideias brilhantes ("se ao menos houvesse uma equação matemática para o amor") surgem e são abandonadas em função de outra melhor, mais inocente ou simplesmente irrelevante.
Apesar de tratar de um tema quase extinto, os "pen pals", amigos de correspondência, algo bastante comum poucas décadas atrás, Mary & Max encontra reflexo curioso na modernidade de redes sociais e programas de mensagens instantâneas. Memórias de amigos virtuais não se apagam mais queimando-se as cartas... mas nos blocks e deletes de perfil.
Toni Collette (Pequena Miss Sunshine) dubla Mary e Philip Seymour Hoffman (Capote) empresta uma irreconhecível voz a Max. O personagem, aliás, é do tipo que o ator oscarizado aprecia. Mas falar mais sobre ele arruinaria algumas surpresas. Fique com a certeza que os personagens podem ser de massinha, mas o suor e as lágrimas que eles vertem são assustadoramente reais e perturbadores.

sábado, 13 de agosto de 2011

Filmes: Transtornos Alimentares

Maus Hábitos
(Malos Hábitos - 2008)
Matilde é uma jovem freira convencida de que a fé move montanhas. Ela secretamente inicia um jejum místico para impedir uma inundação que ela acredita estar por vir. Elena é uma mulher linda e magra que tem vergonha do peso de sua filha, Linda, e pretende fazer de tudo para que ela esteja linda no dia de sua Primeira Comunhão. Enquanto isso, Linda está disposta a se defender até a morte para escapar do orgulho da mãe. Ao mesmo tempo, Gustavo, o pai de Linda, redescobre o amor nos braços de uma estudante cujo apelido é Gordinha e que está igualmente apaixonada por comida. MAUS HÁBITOS é a história de três mulheres cujos hábitos alimentares determinam e dominam suas vidas de formas muito extremas.

Algum dia Melissa
(Sunday Melissa - 2008)

Judy Avrin é uma americana de classe média, mãe de dois filhos: Andrew e Melissa. A menina, parecida com mãe, lutou cinco anos contra a bulimia. Aos 19 perdeu a batalha. O coração dela parou devido a complicações do transtorno alimentar. Na arrumação do quarto da filha, Judy encontrou a seguinte anotação em um caderno:
- Vou tomar café da manhã
- Vou me manter em um emprego por mais de 3 semanas
- Vou ter um namorado por mais de 10 dias
- Vou amar alguém
- Vou viajar para onde eu quiser
- Vou fazer com que a minha família tenha orgulho de mim
- Vou fazer um filme que transforme vidas

Decidiu então, fazer algo produtivo com a sua dor e realizar o desejo da filha. Está produzindo o documentário "Someday Melissa" ("Algum dia Melissa", em portugês), sobre transtornos alimentares. No seu trabalho de pesquisa, descobriu que a seriedade da doença é subestimada e que as mortes são pouco contabilizadas. Segundo o jornal americano The New York Times, transtorno alimentar é a doença mental que mais mata.

Segundo Judy, o filme deve ajudar as famílias que sofrem com os transtornos a não se sentir sozinhas. "Talvez ajude a salvar a vida de alguém. E essa vida pode ser a minha", disse em entrevista ao NYT.


Por Amor a Nancy
(For the Love of Nancy - 1994)

Filme dirigido por Paul Schneider. Neste drama, o casal Sally e Thomas Walsh (Jill Clayburgh e William Devane) descobre que sua filha, a jovem Nancy (Tracey Gold), tem anorexia. Sally e Thomas internam a filha numa clínica especializada. Mas Nancy, maior de idade, recusa o tratamento e perde a vontade de viver.

Preço da Perfeição: a história de Ellen Hart Pena
(Dying to Be Perfect: The Ellen Hart Pena Story - 1996)

O filme, dirigido por Jan Egleson, narra a vida da ex-corredora norte-americana que quase morreu ao atingir um estado crítico de bulimia (com Crystal Bernard).


O Segredo de Kate
(Kate´s Secret - 1986)

Casada com um bem-sucedido advogado, Kate é uma bela dona de casa que aparentemente tem uma vida perfeita. Mas ela esconde sua compulsão pela prática de exercícios físicos e um longo histórico de distúrbios alimentares (com Meredith Baxter , Ben Masters , Georgann Johnson).


A História de Karen Carpenter
(The Karen Carpenter Story - 1989)
A trágica história da cantora Karen Carpenter (Cynthia Gibbs), de sua meteórica ascensão com o grupo The Carpenters, que formou ao lado de seu irmão Richard (Mitchell Anderson), às graves crises provocadas por distúrbios alimentares, que acabariam lhe custando a vida.