quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A DESCULPA DE QUERER AJUDAR: AMIGO E INIMIGO (FRENEMY)


Amizade não é um mar de rosas, isso tudo mundo sabe e, muito provavelmente, há diversas frenemeis perto de todos nós.
Frenemy é uma mistura lingüística, ou seja, uma palavra formada pela combinação a partir de duas palavras distintas e combinando seus significados. No caso, em particular de frenemy é a junção das palavras friend e enemy (amigo e inimigo) e pode ser entendida como “uma relação ao mesmo tempo benéfica e competitiva”, com riscos e desconfianças, um inimigo “em pele de amigo” ou aquela pessoa que ao mesmo tempo amigo e inimigo. Para alguns frenemy significa “urubu” em bom português.
A bem da verdade, quando se ouve falar em frenenies o assunto fica um pouco complexo. Na maioria das vezes temos afinidades e pode nos causar uma sensação de desconforto que às vezes não é consciente e os sentimentos ficam ambíguos. Às vezes, essa ambigüidade pode estar relacionada com medo de estarmos sendo sensíveis demais ou por medo de julgar injustamente, assim, nos deixamos ficar vulneráveis a abusos.
O que torna frenemeis mais problemática é o fato de que, ao contrário do inimigo, propriamente dito, ou mesmo de um desconhecido, é geralmente uma pessoa que se tem poucas reservas. Neste sentido, a probabilidade de nos magoarmos é enorme devido a nossa própria vulnerabilidade.
Frenemies no local de trabalho não são raros, devido a ambientes cada vez mais informais. De relacionamentos interligados, vida profissional e pessoal. Certamente não é nada inédito as pessoas se socializarem com os colegas no trabalho, a enorme quantidade de horas que as pessoas passam no trabalho deixa muita gente com menos tempo e disposição para desenvolver amizades fora do escritório.
Outra forma de relacionamentos amistosos são entre conhecidos, com os quais temos uma relação mais superficial, como amigos de amigo, amigos virtuais, vizinhos, entre outros se encaixam nesta categoria.
Por fim, ninguém está imune de ser um frenemy para outra. Na história pessoal de cada um, se perceba que, da mesma forma que a gente pode ter sido vítima de um frenemy, a gente também pode ter desenvolvido (ou estar desenvolvendo) este papel na vida de alguém.
Vítima ou algoz cabe a cada um decidir que atitude assumir, mesmo que esta decisão não seja imediata.
Referencias:
http://curlvelyme.blogspot.com/2010/05/frenemies-iniamigos-voce-tem-algum.html
Matéria do jornal O Globo, Caderno ELA, sábado 25 de setembro de 2010

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