tag:blogger.com,1999:blog-41224580206465156872024-03-06T05:28:29.719-03:00RR por Cláudia Medrado MartinsRR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.comBlogger149125tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-10812788818954219722014-01-10T11:35:00.001-02:002014-01-10T11:35:39.316-02:00The XX - Intro [long version]<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/sV4_wHvP7b8" width="480"></iframe><br />
RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-11166054770388624282014-01-10T11:33:00.001-02:002014-01-10T11:33:57.122-02:00The xx - Angels<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/_nW5AF0m9Zw" width="480"></iframe><br />
RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-91723060232303795002013-09-28T08:05:00.001-03:002013-09-28T08:05:10.759-03:00SACI OU HALLOWEEN?!?<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/6Ttegh-3UkU" width="480"></iframe><br />
RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-30287709091133572252013-09-28T08:00:00.001-03:002013-09-28T08:00:16.961-03:00Direitos da Criança<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/MvJtspQ4FPo" width="459"></iframe><br />
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RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-10723113567194199082013-09-28T07:48:00.001-03:002013-09-28T07:48:14.494-03:00Valores éticos e morais no contexto do cotidiano das crianças<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/KZG8mPM74x0" width="459"></iframe><br />
RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-85842960474257883792013-09-28T07:40:00.001-03:002013-09-28T07:40:32.591-03:00Prevenção ao uso de drogas nas escolas<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/x1GRpG06OTA" width="459"></iframe><br />
RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-55127728371041080692013-09-28T07:31:00.001-03:002013-09-28T07:31:48.990-03:00Não foi pelos R$ 0,20!!!!<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/BScomtvz9t4" width="480"></iframe><br />RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-76789357326450112732013-09-28T07:28:00.001-03:002013-09-28T07:28:45.574-03:00Obesidade Infantil<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/OMLf1FewCgk" width="480"></iframe><br />
RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-78255579199526752482013-01-10T07:37:00.004-02:002013-01-10T07:40:51.500-02:00'Bullying' do diretor Lee Hirsch<a href="http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2012/12/estreia-documentario-bullying-toca-em-ferida-aberta-em-escolas-dos-eua.html">http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2012/12/estreia-documentario-bullying-toca-em-ferida-aberta-em-escolas-dos-eua.html</a><br />
<br />
O documentário "Bullying", do diretor norte-americano Lee Hirsch, é extremamente oportuno. Trata da questão do bullying nas escolas, que pode não ser novidade, mas cuja violência está assumindo uma proporção inimaginável, produzindo inclusive vítimas fatais.<br />
<br />
O documentarista escolhe cinco casos emblemáticos, em quatro Estados norte-americanos, acompanhando-os ao longo de um ano. <br />
<a name='more'></a><br />
O primeiro é também um dos mais chocantes: Tyler Long, um adolescente bonito e inteligente, de 17 anos, amado pelos pais, bem-sucedido nos estudos e no esporte, se suicidou por conta da pressão insuportável do assédio de colegas. Assédio que se traduz em ofensas, pancadas e humilhações numa escalada que parece incontrolável, especialmente porque tem prosseguimento fora dos muros das escolas.<br />
<br />
Outro caso mostra o cerco a Kelby Johnson, uma garota de 16 anos que se assumiu homossexual em uma cidade do Oklahoma, o que a levou a ser vítima de uma perseguição implacável por parte dos colegas e que, finalmente, esteve por trás da interrupção de uma possível carreira no basquete.<br />
Tudo indica que sua escola impediu sua inclusão numa lista de candidatos a bolsas a partir do talento esportivo. Depois de muito resistir à ideia, inclusive por insistência de Kelby, seu pai finalmente decidiu que a família vai mudar-se da cidade onde viveu toda a sua vida, porque a discriminação pela orientação sexual de Kelby finalmente atingiu a todos.<br />
<br />
Em outra cidade de Oklahoma mais um caso de suicídio provocado por bullying, cuja vítima é ainda mais jovem: Ty Smalley, 11 anos. Neste segmento do filme, um depoimento comovente é dado por seu melhor amigo, um garoto da mesma idade que comenta ter sido ele mesmo violento com outros colegas no passado.<br />
<br />
Em Yazoo County, no Mississippi, uma garota de 14 anos, Ja'Meya Jackson, está detida numa prisão juvenil. Espera o julgamento por ter mostrado um revólver dentro do ônibus escolar cheio, em que vários passageiros eram os colegas que há vários meses a atormentavam de todo jeito.<br />
<br />
Ainda que imprópria e arriscada, a reação de Ja'Meya --até ali, uma boa aluna de conduta irrepreensível-- teve um enquadramento um tanto radical: o xerife local indiciou-a em 45 tentativas de assassinato, o número de alunos a bordo do ônibus, e ela depende de uma decisão do juiz, que pode aceitar ou não esse entendimento. Sua mãe credita o excesso de rigor do xerife ao fato de a menina ser negra, num Estado com um histórico complicado em termos de relações raciais.<br />
<br />
Em Sioux City, Iowa, Alex, um garoto de 14 anos, é diariamente submetido a constrangimentos de tal impiedade no trajeto do ônibus escolar, que levam o documentarista a compartilhar as imagens filmadas com seus pais e com a diretora da escola. O caso de Alex é emblemático também no sentido de que o menino, bastante solitário, sente que, apesar das brincadeiras abusivas, os colegas que as praticam são os "únicos amigos" que ele têm.<br />
<br />
"Bullying" não se limita a expor os casos, focalizando também o intenso debate sobre o tema nos quatro cantos dos EUA, envolvendo pais, alunos, educadores e policiais. Acompanha, assim, um movimento de resistência a esses impulsos violentos e desumanizadores cujas raízes estão certamente fincadas na sociedade, e que transformam a vida escolar num pesadelo ao qual alguns não sobrevivem.<br />
(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-22005661664596415482012-02-03T14:08:00.003-02:002012-02-03T14:25:12.227-02:00ZAZIE NO METRÔ<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: black;"><span class="line171"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Cultuado pela crítica e pelo público, </span></span><em><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Zazie no metrô</span></em><span class="line171"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> é um romance <span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">muito engraçado que, beirando o pesadelo, traduz a loucura do mundo, Zazie, através de tipos muito parisienses.</span> Vinda do interior, Zazie chega à capital para passar alguns dias, sob os cuidados do tio Gabriel, com duas obsessões na cabeça: andar de metrô e usar uma calça jeans pela primeira vez. Mas uma greve dos transportes coletivos impede a menina de fazer seu passeio subterrâneo e, para ganhar a sonhada calça jeans, ela se vê às voltas com um sujeito que não sabemos se é um tarado ou um policial. A menina passeia pela Paris dos anos 1950, uma cidade diferente da capital da alta cultura que conhecemos, na companhia de amigos de seu tio: um taxista, um sapateiro, um dono de bar, uma garçonete e um papagaio, que passam o dia enchendo a cara e jogando conversa fora.</span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span class="line171"><span style="color: black; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></span></span></div><span style="color: black; font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><a name='more'></a></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span class="line171"><span style="color: #898989; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> A ousadia linguística de Queneau, com seus diálogos disparatados, é um dos traços marcantes do livro, que aparece entre os cem principais romances do século XX na enquete promovida pela </span></span><em><span style="color: #898989; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Folha de S. Paulo</span></em><span class="line171"><span style="color: #898989; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> com críticos brasileiros. O volume conta ainda com posfácio do pensador francês Roland Barthes, inédito no Brasil. O projeto gráfico dialoga com a ousadia do romance: impresso em papel-bíblia, traz o clima da época com fragmentos de cartazes reproduzidos na parte interna das páginas. </span></span><em><span style="color: #898989; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Zazie no metrô</span></em><span class="line171"><span style="color: #898989; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> é o 4ª título da <a href="http://editora.cosacnaify.com.br/SubHomeSecao/16/PARTICULAR.aspx" target="_self"><span style="color: #bd1b1b; text-decoration: none; text-underline: none;">Coleção Particular</span></a>, que já publicou <a href="http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/10572/A-fera-na-selva.aspx" target="_self"><i><span style="color: #bd1b1b; text-decoration: none; text-underline: none;">A fera na selva</span></i></a>, de Henry James, <a href="http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/10900/Bartleby,-o-escriv%C3%A3o---Uma-hist%C3%B3ria-de-Wall-Street.aspx" target="_self"><i><span style="color: #bd1b1b; text-decoration: none; text-underline: none;">Bartleby, o escrivão - Uma história de Wall Street</span></i></a>, de Herman Melville, e <a href="http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/10758/Primeiro-amor.aspx" target="_self"><i><span style="color: #bd1b1b; text-decoration: none; text-underline: none;">Primeiro amor</span></i></a>, de Samuel Beckett.</span></span></span></div><span style="font-family: Calibri;"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A transposição do romance de Queneau para o cinema parecia impossível, mas, no entanto, Malle alcança êxito total, encontrando o equivalente visual para a explosão das palavras. Ele realiza, desta forma, "um tipo de balé<br />
burlesco, de comédia completamente louca, absurda, que busca, de certo modo, reencontrar a tradição da comédia no cinema mudo americano da belle-époque, insistindo muito numa realidade que se degrada", segundo o próprio Malle. </span><br />
<br />
<span style="color: black; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><div align="LEFT"><span style="font-size: small;">COMENTÁRIO DO FILME ZAZIE NO METRÔ</span></div><span style="font-size: small;"> </span></span></span><span style="font-family: TTE1AEE428t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1AEE428t00; font-size: xx-small;"></span></span><br />
<span style="font-family: TTE1AEE428t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1AEE428t00; font-size: xx-small;"><div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros</span></div></span></span><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"></span></span><br />
<span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><div align="LEFT">O<span style="font-size: small;"> filme </span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-size: small;"></span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-family: TTE1AEE428t00;"><span style="font-family: TTE1AEE428t00;">Zazie no metrô </span></span><span style="font-family: TTE1B1D458t00;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00;">é muito bem vindo para lançar nossas Jornadas sobre semblantes e</span></span></div><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-size: small;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><div align="LEFT"><span style="font-size: small;">sintomas na vida e na análise. Semblante é uma noção difícil de apreender. Ela articula o</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">simbólico com o imaginário em relação ao real. Pensá-lo como uma sanfona que abre e fecha</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">ajuda a lidar com sua diversidade. É como se em sua abertura ele se distanciasse do real e</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">em seu fechamento se aproximasse dele.</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Zazie com todo seu charme de menina levada é usada por Queneau para fazer vacilar, com</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">humor e ironia, os semblantes de sua época, assim como a literatura. O interessante para</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">nossa discussão sobre o tema das Jornadas é que Queneau não faz Zazie produzir uma</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">destruição dos semblantes, ela desconstrói, desmonta com suas histórias e suas perguntas</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">os semblantes que lhe são oferecidos para que não esqueçamos aquilo com o que eles lidam</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">e possa se introduzir o que realmente lhe interessa: o metrô, que ela não consegue ter</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">acesso por causa da greve. Com sua antipatia feminina em relação aos semblantes, ela</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">esvazia seu lado pomposo, sem, no entanto, abrir mão dos semblantes para revelar o Eros, o</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">pulsional, que os alimenta.</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">J.-A. Miller em seu texto “Mulheres e semblantes” (1) lembra o movimento da civilização de</span></div><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">substituir, sublimar, que ele chamou de Eros inicial, o que faz as mulheres parecerem ser</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">contra a civilização. Zazie nos ajuda a perceber que não se trata de uma luta contra a</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">civilização, mas uma tentativa permanente para fazer a civilização acolher o Eros que ela não</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">pode negativar, nem substituir integralmente pela </span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-size: small;"></span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-family: TTE1AEE428t00;"><span style="font-family: TTE1AEE428t00;">filia </span></span><span style="font-family: TTE1B1D458t00;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00;">que sustenta o lado homossexual dos</span></span></div><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-size: small;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><div align="LEFT"><span style="font-size: small;">laços humanos.</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Com o papagaio Laverdure que diz: “falar, falar, você só sabe fazer isso”, Queneau denuncia</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">o Eros que insiste na fala. Ele aponta também o gozo que não consegue ser dito ou que só</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">pode se dizer atravessado, presente em várias cenas do filme de forma bem-humorada,</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">como a do telefone sem fio que esconde e revela o que não pode ser dito: a menina visada</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">como objeto da libido masculina.</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">O filme conduz o espectador a esse jogo que estou chamando de abertura e fechamento do</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">semblante. Louis Malle, que adaptou o romance para o cinema, consegue colocar, desde as</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">primeiras cenas, esse movimento de abertura e fechamento. Tio Gabriel mostra Paris à Zazie</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">através de seus monumentos que homenageiam seus grandes homens, como o famoso</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Napoleão, e Zasie lhe diz: “Napoleão, o caralho!”</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Nesse passeio inicial por Paris, Zazie aparece e desaparece através das janelas do carro e</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">está o tempo todo escapando ao tio que durante todo o filme não consegue domá-la. No</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">saldo de sua passagem por Paris, ela diz no final: “envelheci”. Ela não viu o metrô, objetivo</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">principal de sua ida à Paris, por causa da greve, mas perdeu a ingenuidade nessa busca que</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">poderia se infinitizar pela própria impossibilidade de alcançar seu objetivo. A última cena do</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">filme mostra os trilhos que se perdem no infinito, não os trilhos do metrô, que ela não</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">conseguiu ver, mas aqueles que a levariam de volta para casa, porém não mais para o</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">mesmo lugar, graças ao efeito de desconstrução e de reconstrução dos semblantes que lhe</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">permite recuperá-los pela via da ironia. Ela não volta mais ao caipirismo ou ao natural da</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">interiorana, mas a um novo lugar que está por vir, em permanente construção no desenrolar</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">desses trilhos.</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Queneau nos mostra isso em sua maneira de escrever, ele subverte a escrita das palavras,</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">provocando uma satisfação especial no leitor que precisa se entregar a seu movimento, a</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">sonoridade criativa das palavras e frases.</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">O filme nos mostra de um lado o semblante que os grandes monumentos representam, de</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">outro, o “caralho” da exclamação de Zazie que conduz nosso olhar para o que está sub-posto</span></div><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">e de onde deriva o interesse pela edificação desses semblantes.</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Louis Malle passeia sua câmera pelos grandes monumentos e </span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-size: small;"></span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-family: TTE1AEE428t00;"><span style="font-family: TTE1AEE428t00;">en passant </span></span><span style="font-family: TTE1B1D458t00;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00;">mostra os</span></span></div><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-size: small;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><div align="LEFT"><span style="font-size: small;">escombros de Paris: marcas da destruição da guerra, mas também canteiro de obras de sua</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">reconstrução. Com perspicácia, ele provoca um enorme atordoamento, como se não</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">pudéssemos entender mais nada do masculino nem do feminino pela enorme confusão entre</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">os personagens. A confusão dessa trama serve para resgatar com humor e em tom irônico a</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">função e o valor dos semblantes.</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">O semblante abre e fecha em direção àquilo que alavanca sua construção, mas que é, no</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">entanto, de outra dimensão, fora da ordem e que por isso mesmo ameaça em permanência</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">suas construções.</span></div><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Roland Barthes em seu pósfácio ao livro </span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-size: small;"></span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-family: TTE1AEE428t00;"><span style="font-family: TTE1AEE428t00;">Zazie no metrô </span></span><span style="font-family: TTE1B1D458t00;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00;">(2) salienta a forma particular como</span></span></div><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-size: small;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00; font-size: xx-small;"><div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Queneau luta contra a literatura mantendo “de pé o nobre edifício da forma escrita, mas</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">carcomido, marcado por mil escamações”. Ele diz: “nessa destruição contida, algo de novo,</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">de ambíguo, é elaborado, uma espécie de suspensão de valores da forma: como a beleza</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">das ruínas”. Destruição onde algo de novo pode surgir, um semblante menos defendido</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">contra o pulsional e que lhe dá outra dignidade.</span></div><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Nossa pergunta é então: como lidar com o vai e vem dos semblantes com o qual convivemos</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">inevitavelmente em nossa vida em sociedade como cidadãos na construção permanente da</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">civilização?</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">Podemos pensar que seria o sintoma que teria essa função, na medida em que ele obriga a</span></div><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="LEFT"><span style="font-size: small;">língua a abrir seus horizontes e incluir o infinito particular de cada um, de cada uma </span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-size: small;"></span></div></span><div align="LEFT"><span style="font-family: TTE1C1A5A8t00;"><span style="font-family: TTE1C1A5A8t00;"> </span></span><span style="font-family: TTE1B1D458t00;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00;">um </span></span><span style="font-family: TTE1B1D458t00;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00;">infinito que se singulariza, consentindo com a impossível universalização da forma de gozo.</span></span></div><span style="font-family: TTE1B1D458t00;"><span style="font-family: TTE1B1D458t00;"> <br />
<div align="LEFT">Movimento que vai do sintoma ao sinthoma, ou seja, do que se sustenta pelo recalque ao</div><br />
<div align="LEFT">que sem desprezar sua função, que admite novas formas de lidar com a positividade do</div><br />
<div align="LEFT">gozo, que não se pode negativizar e que necessita de novos recursos, de uma nova criação</div><br />
<div align="LEFT">para ser incluído na civilização. Caminho que leva a uma subjetividade criadora (3), bem</div><br />
diferente de uma oposição à civilização ou de um empuxo ao cinismo contemporâneo.</span></span><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: black; font-family: Times New Roman;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: black; font-family: Times New Roman;"> </span></div></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-86948308173595910792012-02-03T00:11:00.000-02:002012-02-03T00:11:49.965-02:001001 noites - O PESCADOR É O GÊNIO<table><tbody>
<tr> <td><span style="font-size: x-small;">Havia um pescador muito velho e muito pobre que mal conseguia ganhar dinheiro para não deixar morrer de fome sua mulher e seus três filhos. Todos os dias, de madrugada, ele saía para pescar. Lançava sua rede ao mar quatro vezes.<br />
<br />
Um dia, numa noite de lua, foi até a praia. Tirou a roupa, entrou na água e lançou a rede. Quando a puxou, sentiu resistência. Pensou: “Desta vez, fiz uma boa pescaria!” – e ficou muito contente. Porém, quando foi ver o que estava nas malhas da rede, notou que não passava de uma carcaça de burro, e passou da alegria à mais completa tristeza. </span></td> <td></td> <td></td></tr>
</tbody></table><span style="font-size: x-small;">O pescador, então, costurou a rede, que tinha-se rasgado com a carcaça, e a lançou de novo às águas. Ao puxá-la, sentiu grande resistência e concluiu:<br />
<br />
— Ah, desta vez minha rede está cheia de peixes!</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><a name='more'></a><br />
Mas só encontrou nas malhas da rede um grande cesto cheio de areia e lama. Ficou desesperado e disse:<br />
<br />
— Ó sorte!, deixe de estar com raiva de mim. Não persiga um pobre coitado que está suplicando para que você o poupe! Saí de minha casa e só vim ganhar o meu sustento; você me anuncia a morte! Não sei fazer outra coisa para sobreviver, mas, apesar de todos os meus esforços, não consigo nem mesmo satisfazer as necessidades mais básicas de minha família.<br />
<br />
Pondo fim a suas queixas, o pescador jogou o cesto e, depois de ter lavado cuidadosamente a rede enlameada, lançou-a ao mar pela terceira vez. Mas só conseguiu tirar das águas do mar pedras e sujeira. Quase enlouqueceu de tanto desespero. Entretanto, como o dia começava a nascer, não se esqueceu de sua prece, como bom muçulmano. Em seguida, suplicou:<br />
<br />
— Meu Deus, bem sabeis que só lanço a rede quatro vezes por dia. Já a joguei três vezes, e nada consegui com o meu trabalho. Só me resta uma chance. Suplico: fazei o mar favorável a mim!<br />
<br />
Terminada a prece, lançou a rede pela quarta vez. Quando achou que deveria haver peixe, puxou-a sem muito esforço. Não, não havia peixe, mas, em vez disso, um estranho vaso de cobre que, pelo peso, pareceu estar cheio. Estava fechado e lacrado com chumbo. “Vou vendê-lo e, com o dinheiro, comprarei trigo”, pensou ele.<br />
<br />
Depois de examinar o vaso cuidadosamente, o pescador sacudiu-o para ver se o que havia dentro dele fazia barulho. Não pôde ouvir coisa alguma. Pensou que deveria estar cheio de algo muito precioso. Para acabar com a dúvida, pegou sua faca e abriu-o com um pouco de esforço. Virou a boca do vaso para o chão, mas nada saiu, o que o deixou muito espantado. Então, colocou o vaso na sua frente. Enquanto o observa, eis que sai do interior do vaso uma densa fumaça. O pescador recua, assustado. A fumaça se eleva até as nuvens e forma um nevoeiro intenso sobre o mar e a praia. Que era aquilo?<br />
<br />
Quando a fumaça saiu totalmente do vaso, juntou-se e tornou-se um corpo só, do qual se formou um gênio duas vezes mais alto do que o mais alto de todos os gigantes. Vendo monstro tão monstruosamente grande, com cara de poucos amigos, o pescador quis fugir, mas, aterrorizado, nem conseguiu se mover! O gênio disse com uma horrível voz de trovão:<br />
<br />
— Salomão, grande profeta de Deus, perdoai-me! Nunca mais me oporei à vossa vontade e obedecerei a todas as vossas ordens.<br />
<br />
Assim que ouviu as palavras do gênio, o pescador lhe disse:<br />
— Ó espírito orgulhoso, que você está dizendo? Faz séculos que Salomão, o profeta de Deus, está morto. Mas conte-me a sua história. Por que estava encerrado nesse vaso tão pequeno?<br />
<br />
O gênio, então, lançando um olhar orgulhoso e cheio de ódio ao pescador, respondeu:<br />
<br />
— Dirija a palavra a mim com mais respeito! Você é bem atrevido em me chamar de espírito orgulhoso!<br />
<br />
— Pois bem, falarei com mais respeito se chamar você de ave da felicidade? – perguntou o pescador.<br />
<br />
— Eu estou lhe dizendo: dirija-me a palavra com mais respeito antes que eu o mate!<br />
<br />
— E por que você me mataria? – replicou o pescador. – Acabo de pôr você em liberdade, já esqueceu?<br />
<br />
— Não, não esqueci. Mas isso não me impedirá de matá-lo; e só concedo a você uma graça – disse o gênio.<br />
<br />
— E qual é essa graça? – perguntou o pescador.<br />
<br />
— Você pode escolher a maneira pela qual quer que eu o mate.<br />
<br />
— Mas que mal eu lhe fiz? É essa a recompensa que eu recebo pelo bem que fiz a você?<br />
<br />
— Não posso tratá-lo de outra maneira – respondeu o gênio. E passou a contar sua história:<br />
<br />
“Sou um dos espíritos rebeldes que se revoltaram contra a vontade de Deus. Todos os outros gênios reconheceram o poder do grande Salomão e a ele se submeteram. Eu e mais um outro fomos os únicos a não querer cometer essa baixeza. Para se vingar, Salomão encarregou Assaf, o filho de seu primeiro-ministro, de ir buscar-me e levar-me a sua presença. Ordenou, então, que eu abandonasse meu modo de vida, reconhecesse seu poder e me submetesse às suas ordens. Recusei e preferi expor-me a seu ódio a prestar-lhe juramento de fidelidade e submissão. Querendo me castigar, encerrou-me neste vaso de cobre. Para que eu não pudesse escapar, na tampa de chumbo do vaso pôs seu sinete, onde está escrito o nome de Deus. Depois, mandou que um dos gênios que lhe obedeciam atirassem o vaso ao mar, o que fizeram. No primeiro século de meu aprisionamento, jurei que, se alguém me livrasse antes de se passarem cem anos, eu o faria milionário. Mas os cem anos se passaram e ninguém apareceu para me prestar tão bom serviço. No segundo século, jurei revelar todos os tesouros da terra para quem me libertasse, mas ainda dessa vez não tive sorte. No terceiro, prometi fazer do meu libertador um poderoso soberano, estar sempre ao seu lado em espírito e conceder-lhe três desejos todo dia, qualquer desejo! Mas também esse século se foi, assim como os outros, e eu continuei na mesma situação. Finalmente, enraivecido por me ver preso por tão longo tempo, jurei que, se alguém me livrasse, eu o mataria sem dó nem piedade e não lhe concederia outra graça senão a de escolher o tipo de morte pela qual morreria."<br />
<br />
Assim, uma vez que você me libertou hoje, só lhe resta escolher a maneira pela qual quer que eu o mate!<br />
<br />
Aquelas palavras deixaram o pescador desesperado:<br />
<br />
— Sou realmente desgraçado! Vim aqui prestar um grande serviço a um ingrato. Suplico-lhe: pense na injustiça que você está praticando e anule um juramento tão pouco sensato! Se você me perdoar, Deus o perdoará. Se me deixar viver, Ele o protegerá em todas as situações críticas de sua vida.<br />
<br />
— Não, não: sua morte é certa! – respondeu o gênio. – Falta só você escolher a maneira como deseja morrer.<br />
<br />
— Ai de mim! Tenha piedade! Lembre-se do que fiz por você!<br />
<br />
— Já lhe disse: é justamente por essa razão que eu sou obrigado a matá-lo.<br />
<br />
— É estranho, não entendo por que você quer pagar o bem com o mal – prosseguiu o pescador, provocando a réplica do gênio:<br />
<br />
— Não vamos perder mais tempo! Suas palavras não me farão mudar de idéia. Vamos logo: diga-me como deseja morrer.<br />
<br />
A necessidade obriga o homem a recorrer à esperteza; assim fez o pescador. Disse ele ao gênio:<br />
<br />
— Já que não poderei mesmo evitar a morte, submeto-me à vontade de Deus. Mas antes de escolher como desejo morrer, suplico-lhe, pelo nome de Deus gravado no sinete do profeta Salomão, filho de Davi, responda à pergunta que desejo lhe fazer.<br />
<br />
Quando o gênio viu que aquele homem lhe fazia uma súplica que o obrigava a responder de forma favorável, estremeceu e disse:<br />
<br />
— Pergunte-me o que quiser, mas se apresse! Eu responderei dizendo a verdade.<br />
<br />
— Eu queria saber se você estava realmente preso nesse vaso... Você juraria pelo nome de Deus?<br />
<br />
— Sim, – respondeu o gênio – juro pelo grande nome que está gravado no lacre deste vaso.<br />
<br />
— Para ser franco, não posso acreditar no que você está dizendo. Nesse vaso não caberia nem mesmo um pé seu, como é possível que o corpo inteiro estivesse preso aí dentro?<br />
<br />
— Mas eu juro que é verdade – respondeu o gênio. Você não acredita, mesmo depois de eu ter jurado?<br />
<br />
— Não mesmo! Conte outra... É impossível acreditar, a menos que você me mostre como fez para ficar fechado aí dentro... Ver para crer...<br />
<br />
Imediatamente o corpo do gênio dissolveu-se em fumaça, que se estendeu sobre o mar e a praia e, depois, juntando-se, começou a entrar de novo naquele vaso de cobre, lentamente, lentamente, até que nada ficou de fora. Logo saiu dali uma voz que disse:<br />
<br />
— E então, pescador incrédulo, eis-me dentro do vaso. Acredita em mim agora?<br />
<br />
O pescador, em vez de responder ao gênio, pegou correndo a tampa de chumbo e, fechando o vaso, disse:<br />
<br />
— Gênio, peça-me perdão e escolha a maneira pela qual deseja morrer! Mas não... será melhor que eu o lance de novo ao mar, no mesmo lugar de onde o tirei. Depois, construirei uma casa nesta praia para nela morar. Aqui, avisarei os pescadores para que, se por acaso lançarem as redes nestas águas, não pesquem um gênio mau como você, que jurou matar seu libertador!<br />
<br />
O gênio implorou e implorou que o pescador o libertasse. Dizia:<br />
<br />
— Meu amigo pescador, não seja cruel! Não é justo vingar-se; pelo contrário, devemos pagar o mal com o bem. Liberte-me, e eu contarei a você uma história muito interessante.<br />
<br />
— Qual?<br />
<br />
— Se deseja ouvi-la, abra este vaso, por favor! Como é que eu posso contar histórias fechado aqui, nesta prisão minúscula! Eu contarei quantas você quiser, depois que sair daqui...<br />
<br />
— Não, não – respondeu o pescador. Não vou libertar você, não. Não adianta insistir. Vou jogar o vaso no fundo do mar.<br />
<br />
— Mas antes, escute-me – gritou, apavorado, o gênio. Se você me soltar, juro que não lhe farei mal. Melhor: ensinarei como você pode se tornar muito rico.<br />
<br />
A esperança de sair da pobreza convenceu o pescador, que disse:<br />
<br />
— Jure em nome de Deus que você fará o que acaba de prometer, e eu o soltarei.<br />
<br />
O gênio jurou, e então o pescador abriu o vaso. Primeiramente, saiu dele uma fumaça, que logo tomou a forma do gênio. Este, assim que pisou no chão, deu um pontapé no vaso, que foi se afundar nas águas do mar... O pescador ficou aterrorizado, mas o gênio deu uma gargalhada e o tranqüilizou:<br />
<br />
— Não tenha medo. Vou cumprir a minha palavra.<br />
<br />
O gênio levou o pescador, ainda desconfiado, até um lago entre montanhas. Ali, insistiu para que ele lançasse a sua rede às águas transparentes. Qual não foi o espanto quando o pescador viu que com sua rede pescara quatro peixes, um de cada cor: branco, vermelho, azul e amarelo. O gênio lhe disse:<br />
<br />
— Leve esses peixes para o sultão: ele lhe dará por eles mais dinheiro do que você jamais teve na vida. Mas cuidado: venha pescar neste lago só uma vez por dia!<br />
<br />
Depois de dizer essas palavras, o gênio bateu forte no chão com o pé. A terra se abriu, engoliu-o e, por fim, se fechou. O pescador fez exatamente o que o gênio lhe recomendara. O sultão, por aqueles peixes, recompensou-o de tal forma que ele nunca mais passou necessidade. Mas essa já é uma outra história... <br />
<div align="left"><br />
</div><br />
<div align="center"><a href="http://www.valdiraguilera.net/biblioteca.html">De "O pescador e o gênio" para "Biblioteca"</a></div><div align="center"><br />
</div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O tema de gigantes em confronto com pessoas comuns é comum em quase todas as culturas em histórias, fábulas e contos de fadas. Ele representa o poder dos adultos sobre as crianças. Nesses contos a mensagem que predomina é que os “pequenos” podem vencer os “gigantes” através de sua astúcia. <o:p></o:p></span></div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nessa versão mais pura e completa desse conto, um pescador joga a rede no mar quatro vezes. O Gênio, ao fazer a demonstração para provar seu poder, acaba sendo fechado novamente lá dentro pelo astuto pescador. Em outras culturas pode-se encontrar contos com a mesma estrutura, substituindo-se, por exemplo, o gênio por um animal grande e feroz. Os heróis dessa categoria de contos sempre apelam para a vaidade desses gigantes para derrotá-los. <o:p></o:p></span></div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O pescador e o gênio, porém, tem mais detalhes significativos que as outras versões. A ira do gênio se deve ao fato de que, durante sua prisão dentro do jarro sempre prometia enriquecer o realizar desejos de quem o libertasse, mas com o tempo, ninguém atendia o seu desejo, deixando-o em estado de cólera a ponto de prometer acabar com o próximo que o libertasse. <o:p></o:p></span></div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As crianças se identificam com o gênio, pois, estando presas ou de castigo em casa, esperam sua recompensa de sair o fazer o que gostam. Quando ela não vem, ficam zangadas em suas fantasias de vingança. A atração delas por essa estória começa pela mudança do estado bom para mau que o gênio sofre que é o mais comum na vida psicológica delas quando seus desejos não são atendidos. A vitória do pescador só ganha mais vida por causa desse detalhe. Sem estes elementos aparentemente não importantes, esse conto não traria tantos significados para as crianças. <o:p></o:p></span></div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As crianças também gostam de pensar que o poder dos adultos pode ser vencido. Ao mesmo tempo, se sentiriam inseguras com a ideia de que gigantes (como seus pais) podem ser derrotados. Esse conto tem a peculiaridade de fazer a criança se projetar no papel de pescador (assegurando seu poder sobre adultos), ou projetar seus pais nesse papel (assegurando que os pais podem fornecer segurança a ela). <o:p></o:p></span></div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;"> <td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0cm;"> <div class="MsoNormal" style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div></td> </tr>
</tbody></table><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Outro detalhe importante é que, tendo o pescador que jogar a rede várias vezes, a história sugere às crianças, sem falsas lições de moral, que a vida é feita de tentativas e não se deve desistir diante de um insucesso. Outro fator importante mostra o paralelo entre a imaturidade do gênio, vencido, e a maturidade do pescador, vencedor. Apresenta à criança o conceito de ser governado pela emoção ou pela razão de modo muito simbólico. <o:p></o:p></span></div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na psicanálise, este conto seria uma forma de apresentar o conceito expresso por Freud sobre Princípio de Prazer e Princípio da Realidade: Seguimos os nossos impulsos para conseguir satisfação imediata dos nossos prazeres, ou agimos de acordo com a realidade, com disposição para suportar muitas frustrações até a conquista de recompensas duradouras. <o:p></o:p></span></div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É um aspecto tão antigo e importante que as culturas tentam reproduzi-lo a cada geração, sendo encontrado em muitos outros contos, como no mito de Hércules, que se viu diante da mesma escolha. A diferença entre o mito e o conto de fadas é que no primeiro, esses princípios são representados por personagens que falam diretamente com o leitor-ouvinte que ele deve escolher a virtude, não o prazer. <o:p></o:p></span></div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No conto de fadas, esses princípios são notados em aspectos interiores dos personagens, e evitando o confronto da criança com o dilema ao não indicar diretamente qual deles escolher, tem mais poder de sedução e desenvolvem um desejo mais elevado de ela escolher a virtude em detrimento do prazer. <br />
<br />
Fonte: <a href="http://pt.shvoong.com/humanities/arts/2014228-an%C3%A1lise-pescador-g%C3%AAnio/#ixzz1lGhSwnCc"><span style="color: #003399; text-decoration: none; text-underline: none;">http://pt.shvoong.com/humanities/arts/2014228-an%C3%A1lise-pescador-g%C3%AAnio/#ixzz1lGhSwnCc</span></a></span><o:p></o:p></div><div align="center"><span style="font-size: small;"> </span></div></span>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-81001533788731270112011-08-20T18:05:00.001-03:002011-08-20T18:06:10.542-03:00Diário de um adolescente<span style="font-family: Arial;">Baseado em fatos reais o filme narra a trajetória do jovem Jim, um ótimo jogador de basquete e poeta extremamente talentoso, mas que tem sua vida destruída e seu futuro ameaçados quando junto com seu grupo de amigos se envolve no mundo das drogas. Narrado de forma muito realista o filme tem uma abordagem jovem, sem lições de moral, o que o torna muito atrativo. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Os acontecimentos são ambientados nos anos 1970 em Nova York, mas pode ser considerado atual, pois indiferente da época todos passamos pela adolescência que pode ser considerada a ponte para a vida adulta, e essa travessia não é nada fácil, pois adolescente não é criança, mas também não é adulto, é o momento de construção da identidade, de escolhas que podem definir o rumo da vida, e é exatamente nesta fase que muitos se envolvem com drogas.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/nZVJPV7Sjl4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Quando Jim diz que muitas pessoas ingressam no mundo das drogas acreditando que tem tudo sob controle, mas depois percebem que o vício torna-se um trabalho das 09 hs. às 17 hs, deixando bem claro a gravidade da situação. Lamentavelmente alguns vivem nesta condição em tempo integral, sem dias de folga e nem horário de descanso e vale ressaltar que o álcool também é uma droga. </span></div><br />
<div class="MsoNormal"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal"></div>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-63328526184944282472011-08-20T17:41:00.001-03:002011-08-20T17:44:49.530-03:00Em busca do significado da amizade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT8DXAuHIQYXI8WnvxVkpaiNRdAK3-DPACA4aVYQDFjX5v_A-YCw0dSBpDDYASzSiEIpwzVgPz7Qquida8NWswgS3yCenv5OC_XKYfm-TZopn3YFcIUyuQplVsBWlAMl_DChwE3_OviDA/s1600/poster__%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT8DXAuHIQYXI8WnvxVkpaiNRdAK3-DPACA4aVYQDFjX5v_A-YCw0dSBpDDYASzSiEIpwzVgPz7Qquida8NWswgS3yCenv5OC_XKYfm-TZopn3YFcIUyuQplVsBWlAMl_DChwE3_OviDA/s1600/poster__%255B1%255D.jpg" /></a><strong><em>Mary & Max</em></strong> (<em>Mary and Max</em>, 2009), animação longa-metragem de <em>stop-motion</em> escrita e dirigida por <strong>Adam Elliot</strong>, é uma exploração de improbabilidades. O filme tem em sua premissa uma chance ínfima e acaba ele mesmo um em um milhão: uma produção com personagens de massinha que resulta absolutamente tocante.</div>Depressivo no tom e no visual (seria mais sensato chamá-lo de desenho "desanimado", já que muito pouco efetivamente acontece na tela), o filme acompanha dois personagens solitários, cujas vidas se cruzam pelo maior dos acasos: uma página aleatória aberta em uma lista telefônica. Motivada por uma dúvida infantil, a australiana <strong>Mary Daisy Dinkle</strong>, 8 anos, decide escrever ao nova-iorquino <strong>Max Jerry Horowitz</strong>, 44 anos. Junto à carta, alguns desenhos, uma barra de chocolate e a dúvida: <em>"de onde vêm os bebês nos Estados Unidos"</em>. A correspondência inocente muda a vida de ambos para sempre, iniciando uma história que transcorre por mais de uma década.<br />
A direção de arte é inspiradora. Elliot, dono de um Oscar de curta animado (<em>Harvie Krumpet</em>, 2003), opta por protagonistas caricatos e quase malfeitos de tão simples. Os cenários são muito mais ricos - a Austrália e seus tons terrosos contrastando com a cinzenta Nova York. É tudo proposital. Enquanto uma Pixar capricha em seus personagens principais por dentro e por fora, o animador se arrisca em recheá-los de dor e dúvida, sem uma superfície fofinha e cativante.<br />
Com o palco montado, inicia-se uma longa e verborrágica discussão filosófica sobre religião, vida em sociedade, sexo, amor, confiança e, principalmente, a importância e o significado da amizade. As cartas também refletem a caótica estrutura racional de remetente e destinatário, sempre com um monotonia instigante. Ideias brilhantes (<em>"se ao menos houvesse uma equação matemática para o amor"</em>) surgem e são abandonadas em função de outra melhor, mais inocente ou simplesmente irrelevante.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyB6JIKOv-wakhP723YVN27RAvKtxfoWUrW0z5bOzDYgBq6RAJ40sFLgkQPmBhy5CqblSt3WzHsuwkY_k5gw6IHR95iHRaTtunRikcti0yg281cZk32dgao6ZYP3wqlUU2q0MROKLHd3E/s1600/3_____%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyB6JIKOv-wakhP723YVN27RAvKtxfoWUrW0z5bOzDYgBq6RAJ40sFLgkQPmBhy5CqblSt3WzHsuwkY_k5gw6IHR95iHRaTtunRikcti0yg281cZk32dgao6ZYP3wqlUU2q0MROKLHd3E/s1600/3_____%255B1%255D.jpg" /></a></div>Apesar de tratar de um tema quase extinto, os <em>"pen pals"</em>, amigos de correspondência, algo bastante comum poucas décadas atrás, <em>Mary & Max</em> encontra reflexo curioso na modernidade de redes sociais e programas de mensagens instantâneas. Memórias de amigos virtuais não se apagam mais queimando-se as cartas... mas nos <em>blocks </em>e <em>deletes </em>de perfil.<br />
<strong>Toni Collette</strong> (<a href="http://www.omelete.com.br/cinema/pequena-miss-sunshine/"><em>Pequena Miss Sunshine</em></a>) dubla Mary e <strong>Philip Seymour Hoffman</strong> (<a href="http://www.omelete.com.br/cinema/capote/"><em>Capote</em></a>) empresta uma irreconhecível voz a Max. O personagem, aliás, é do tipo que o ator oscarizado aprecia. Mas falar mais sobre ele arruinaria algumas surpresas. Fique com a certeza que os personagens podem ser de massinha, mas o suor e as lágrimas que eles vertem são assustadoramente reais e perturbadores.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/KPULUwu0Wm8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-10586752297772406372011-08-13T18:14:00.006-03:002011-08-20T17:54:16.232-03:00Filmes: Transtornos Alimentares<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4l9NyEpRt7MJkgpQ4lc6KA5YY_Rzxr_k8yc7RIL_5VYMJrP5w5pN3XqiyYSxt7JpB5Q5Y45TXzbSPK_3bhe7bOmxd3zafEyqcsHQOa2JhrSgizuv28UCK30sF0p1ekaLKvvRo4u4EFZA/s1600/080724cinema_t_002%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4l9NyEpRt7MJkgpQ4lc6KA5YY_Rzxr_k8yc7RIL_5VYMJrP5w5pN3XqiyYSxt7JpB5Q5Y45TXzbSPK_3bhe7bOmxd3zafEyqcsHQOa2JhrSgizuv28UCK30sF0p1ekaLKvvRo4u4EFZA/s1600/080724cinema_t_002%255B1%255D.jpg" /></a></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Maus Hábitos </b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;"><o:p> (Malos Hábitos - 2008)</o:p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/BpXXe1KYM1k?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">Matilde é uma jovem freira convencida de que a fé move montanhas. Ela secretamente inicia um jejum místico para impedir uma inundação que ela acredita estar por vir. Elena é uma mulher linda e magra que tem vergonha do peso de sua filha, Linda, e pretende fazer de tudo para que ela esteja linda no dia de sua Primeira Comunhão. Enquanto isso, Linda está disposta a se defender até a morte para escapar do orgulho da mãe. Ao mesmo tempo, Gustavo, o pai de Linda, redescobre o amor nos braços de uma estudante cujo apelido é Gordinha e que está igualmente apaixonada por comida. MAUS HÁBITOS é a história de três mulheres cujos hábitos alimentares determinam e dominam suas vidas de formas muito extremas.</div><br />
<strong>Algum dia Melissa</strong><br />
(Sunday Melissa - 2008)<br />
<br />
<strong>Judy Avrin</strong> é uma americana de classe média, mãe de dois filhos: Andrew e <strong>Melissa</strong>. A menina, parecida com mãe, lutou cinco anos contra a <strong>bulimia</strong>. Aos 19 perdeu a batalha. O coração dela parou devido a complicações do transtorno alimentar. Na arrumação do quarto da filha, Judy encontrou a seguinte anotação em um caderno:<br />
- Vou tomar café da manhã <br />
- Vou me manter em um emprego por mais de 3 semanas <br />
- Vou ter um namorado por mais de 10 dias <br />
- Vou amar alguém <br />
- Vou viajar para onde eu quiser <br />
- Vou fazer com que a minha família tenha orgulho de mim <br />
- Vou fazer um filme que transforme vidas <br />
<br />
Decidiu então, fazer algo produtivo com a sua dor e realizar o desejo da filha. Está produzindo o<strong> documentário</strong> "<a href="http://www.somedaymelissa.com/">Someday Melissa</a>" ("Algum dia Melissa", em portugês), sobre transtornos alimentares. No seu trabalho de pesquisa, descobriu que a seriedade da doença é subestimada e que as mortes são pouco contabilizadas. Segundo o jornal americano <a href="http://www.nyt.com/">The New York Times</a>, transtorno alimentar é a doença mental que mais mata. <br />
<br />
Segundo Judy, o filme deve ajudar as famílias que sofrem com os transtornos a não se sentir sozinhas. "Talvez ajude a salvar a vida de alguém. E essa vida pode ser a minha", disse em entrevista ao NYT. <br />
<br />
<br />
<strong>Por Amor a Nancy</strong><br />
(For the Love of Nancy - 1994)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/dL5AjPWRC7k?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Filme dirigido por Paul Schneider. Neste drama, o casal Sally e Thomas Walsh (Jill Clayburgh e William Devane) descobre que sua filha, a jovem Nancy (Tracey Gold), tem anorexia. Sally e Thomas internam a filha numa clínica especializada. Mas Nancy, maior de idade, recusa o tratamento e perde a vontade de viver. <br />
<div align="justify"><br />
<strong>Preço da Perfeição: a história de Ellen Hart Pena </strong></div><div align="justify">(Dying to Be Perfect: The Ellen Hart Pena Story - 1996)</div><br />
<div align="justify">O filme, dirigido por Jan Egleson, narra a vida da ex-corredora norte-americana que quase morreu ao atingir um estado crítico de bulimia (com Crystal Bernard).</div><br />
<br />
<div align="justify"><strong>O Segredo de Kate</strong></div><div align="justify">(Kate´s Secret - 1986)<br />
<br />
Casada com um bem-sucedido advogado, Kate é uma bela dona de casa que aparentemente tem uma vida perfeita. Mas ela esconde sua compulsão pela prática de exercícios físicos e um longo histórico de distúrbios alimentares (com Meredith Baxter , Ben Masters , Georgann Johnson).</div><div align="justify"><br />
<br />
<strong>A História de Karen Carpenter</strong><br />
(The Karen Carpenter Story - 1989)<br />
A trágica história da cantora Karen Carpenter (Cynthia Gibbs), de sua meteórica ascensão com o grupo The Carpenters, que formou ao lado de seu irmão Richard (Mitchell Anderson), às graves crises provocadas por distúrbios alimentares, que acabariam lhe custando a vida.</div><div align="justify"></div>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-54187902641163841682011-06-25T20:58:00.000-03:002011-06-25T20:58:05.189-03:00PREDADORES PSÍQUICOS - POR RENATO MEZAN<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: #555555; font-family: Verdana; font-size: 11pt;"><br />
<br />
Publicado no Caderno Mais, da Folha de São Paulo, em 22 de março de 2009<br />
<br />
NA ÁUSTRIA, <st1:personname productid="EM PERNAMBUCO OU EM" w:st="on">EM PERNAMBUCO OU EM</st1:personname> SP, ABUSADORES SEXUAIS PARTILHAM DA MESMA IDENTIFICAÇÃO MALIGNA COM A MÃE E DA INDIFERENÇA PELO OUTRO<br />
<br />
Renato Mezan*, colunista da Folha<br />
<br />
Os casos de pedofilia e incesto recentemente noticiados pela imprensa -a menina engravidada pelo padrasto em Alagoinha (PE), o austríaco que manteve presa sua filha por mais de 20 anos e com ela engendrou sete filhos/netos, a rede criminosa baseada em Catanduva (SP)- provocaram repulsa e horror em todos os que deles tomaram conhecimento.<br />
</span></div><a name='more'></a><br />
Como é possível que alguém pratique tais atos, perguntam-se as pessoas, e quais as consequências deles para as vítimas?<br />
Mesmo que pedófilo e incestuoso não sejam sinônimos -o primeiro se interessa sexualmente por crianças, o segundo toma como objeto uma pessoa da mesma família ou clã (criança ou não), portanto proibido pela lei ou pelo costume-, não é raro que as duas condições coincidam num mesmo indivíduo, como no caso de Alagoinha, e em tantos outros que diariamente chegam às instituições de tutela da infância.<br />
Os motivos pelos quais um adulto -geralmente homem- aborda uma criança com o objetivo de se aproveitar dela são de diversas ordens.<br />
<br />
<b>Balas e pipocas</b><br />
<br />
Em primeiro lugar, ela é mais fácil de atrair do que um parceiro adulto: balas, pipocas e a promessa de deixar jogar videogames bastaram para levar ao quarto do borracheiro de Catanduva os garotos que ele cobiçava.<br />
Quem assim procede tem medo de que o adulto recuse seu convite; pode-se supor que seja acometido de ansiedade em relação ao seu desempenho ou que suas fantasias de castração sejam particularmente intensas.<br />
<br />
Em segundo lugar, o "predador psíquico" -termo que tomo emprestado ao antropólogo Boris Cyrulnik- tem características que o singularizam entre as várias classes de perversos. A principal delas é uma identificação maligna com a mãe, diferente da que desemboca numa posição homossexual "normal" ou da que -caso venha a fazer parte da porção sublimada da libido- resulta num interesse pedagógico, numa atitude maternal e devotada para com os amigos etc.<br />
O que norteia o impulso sexual do pedófilo é a combinação dessa identificação com um ódio imenso pela criança que ele mesmo foi -"meu objeto deve sofrer ainda mais do que eu sofri"- e com um completo desinteresse pelos sentimentos do outro, que leva o indivíduo a não se incomodar com as consequências que seus atos possam acarretar para a criança.<br />
<br />
Quer esta tenha sido "apenas" bolinada, induzida a praticar felação ou estuprada, tais consequências são de extrema gravidade.<br />
O abusador sexual busca muitas vezes uma revanche contra violências de que ele próprio foi vítima na infância (é a justificativa do austríaco Josef Fritzl para o que fez com a filha) e se aproveita do fato de que as crianças são efetivamente dotadas de sexualidade para as seduzir.<br />
Mas atenção: a sexualidade infantil não se confunde com a adulta, e certamente não faz parte dela o intento de servir de meio para prazeres dos quais não tem noção.<br />
Esse ponto é crucial. Todos sabemos que as crianças se interessam pelo que acontece no quarto dos pais e, no contexto do complexo de Édipo, desejam inconscientemente ocupar o lugar de um dos cônjuges.<br />
<br />
"Pessoas grandes"<br />
<br />
Sua imaturidade, porém, e o fato de desconhecerem muito do que se refere à vida sexual das "pessoas grandes" as fazem inventar o que Freud chamava de "teorias sexuais infantis".<br />
Brincadeiras de médico, de "gato mia" e outras semelhantes expressam a curiosidade natural sobre o corpo, sobre a diferença entre meninos e meninas, sobre como se fazem bebês -mas são parte do que Sándor Ferenczi [1873-1933] denominou "linguagem da ternura".<br />
Já o adulto -perverso ou normal- opera na "linguagem da paixão", ou seja, num registro que confere sentido bem diverso à excitação, às fantasias e aos atos eróticos.<br />
A "confusão de línguas" da qual fala o psicanalista húngaro nasce de que o adulto não controla seus impulsos e excede os limites que a cultura impõe na esfera sexual.<br />
<br />
Como afirma com razão Renata Cromberg, não se podem confundir "carinhos de pai" -beijos, abraços, afagos normais e desejáveis na relação pai-filha- com "carinhos de homem": os mesmos gestos, porém realizados com o intuito de proporcionar prazer sexual para si, e nunca para a criança.<br />
Quando isso acontece, esta se vê enredada numa armadilha fatal: sente-se culpada por suas fantasias incestuosas (que, repito, fazem parte do desenvolvimento normal) e chocada pela maneira como elas acabaram por se realizar.<br />
A perplexidade se soma à vergonha e ao trauma de se ver traída por alguém em quem confiava; os efeitos na mente infantil são devastadores, e a eles se somam muitas vezes vestígios corporais, da irritabilidade ou ferimentos nos genitais à gravidez.<br />
<br />
A situação é frequentemente complicada pelo medo de contar o que ocorreu ou, pior ainda, pela incredulidade com que o relato é recebido.<br />
Mães se recusam a acreditar que o homem que amam possa ter cometido "aquilo" ou são coniventes (alguém duvida de que a mulher de Fritzl sabia -ou pelo menos suspeitava- do que estava acontecendo naquele porão?); autoridades (como a responsável pela delegacia da Mulher de Catanduva) não dão seguimento à investigação; e o silêncio contribui para agravar a confusão e a dor.<br />
Diante da incompreensão dos adultos, a criança vítima de abuso sexual aciona mecanismos de defesa violentíssimos, que acabam por aumentar ainda mais o seu sofrimento: identificação com o agressor, entrada numa posição masoquista, cisão da parte da sua mente que abriga as lembranças do fato e outros mais.<br />
<br />
Pode se tornar abúlica ou muito agressiva, perder a capacidade de sonhar ou reviver a cena em pesadelos, ser to- mada por sentimentos de perseguição, pela culpa de ter "induzido" o ato ou pela imagem obsedante do agressor. Este, porém, pouco se importa com tais consequências: como sua personalidade é de tipo narcisista, a desumanização do outro não lhe provoca emoção nenhuma.<br />
Contudo, por trás da fachada triunfante, nota-se que esse narcisismo é muito frágil: recobre precariamente um grande vazio e uma angústia atroz quanto à própria identidade.<br />
<br />
Compreende-se que o perverso -e particularmente o pedófilo/incestuoso- busque na sexualidade um lenitivo para a incerteza sobre quem é e sobre o que pode ("a pedofilia é a perversão dos fracos e impotentes", diz Freud) e um meio de desviar sobre um ser indefeso o ódio e a hostilidade contra seus objetos internos.<br />
O entendimento sobre como funciona a personalidade do agressor, porém, não diminui a gravidade dos atos que pratica nem a dor imensa que inflige à sua vítima.<br />
O tema do abuso sexual é complexo, e é evidente que estas breves observações não o podem esgotar. A informação adequada é essencial para quem lida com os desastres que ele provoca.<br />
Por isso, gostaria de concluir este artigo recomendando a juízes, médicos, promotores, assistentes sociais, psicólogos -e também aos familiares das vítimas- a leitura de quatro livros nos quais me baseei para o redigir: "Cena Incestuosa", de Renata Cromberg; "Perversão", de Flávio Carvalho Ferraz; "Psicopatia", de Sidnei Kiyoshi Shine; e "Narcisismo e Vínculos", de Lucía Barbero Fuks, este uma coletânea na qual figuram vários trabalhos sobre o assunto [todos publicados pela ed. Casa do Psicólogo].<br />
Lembremos o dito de Freud: "Primum non nocere" -antes de mais nada, não prejudicar quem está ferido!<br />
<br />
<br />
_______________________________________________<br />
*RENATO MEZAN é psicanalista e professor titular da Pontifícia Universidade Católica de SP. Escreve na seção "Autores", do Mais! .<span style="font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-54742145209322440272011-05-04T14:55:00.000-03:002011-05-04T14:55:11.348-03:00AUTISMO E FANTASIAO autismo é mais uma dessas patologias que tem uma representação como "um mundo à parte", um refúgio imaginário seguro. Visto de perto, na clínica, ele não é nada disso e até o contrário: trata-se de um sujeito que vive a incapacidade de fantasiar, é alguém preso à materialidade da realidade. <br />
<br />
O autista vive sem fantasia, o fato de que manipule brinquedos ou mesmo que pareça brincar com objetos não faz dele realmente capaz de brincar. Seus circuitos de ação, nos quais giram, sacodem ou se satisfazem contemplando um mecanismo, são tão vazios de conteúdos imaginativo quannto de variações. <br />
<br />
Tudo o que a fantasia tem de surpreendente, inventiva, seu caráter de viagem, de teatro de improviso, está ausente nesses rituais autistas. A confirmação de um circuito de satisfação, através do gesto repetitivo, e o fechamento para qualquer novidade de constitua uma interrogação à qual não saberia como responder são o objetivo de sua preferência. <br />
<br />
A fantasia vai na direção contrária disso por seu caráter de viagem sem bússola, de contrabandista de enigmas que nos interrogam.<br />
<br />
Trecho do livro: A Psicanalise dna Terra do Nunca. Ensaios sobre a fantasia (Diana e Mariio Corso) p. 257.RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-56606984154829070292011-04-28T10:55:00.002-03:002011-05-04T14:58:49.944-03:00Cartilha Direitos da Pessoa Autista 3 BULLYING<b><span style="font-family: "Palatino Linotype";">O que é bullying? </span></b><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">O bullying ocorre quando os </span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">conflitos entre alunos se intensificam </span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">e geram </span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos. </span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Esses comportamentos são praticados por um ou mais estudantes em relação a outros, que não conseguem enfrentar essas agressões. </span><br />
<br />
<a href="http://www.blogger.com/goog_1960718360"><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Esses atos de violência (física ou não) </span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">são constantes e tem a intenção </span></b></a><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;"><a href="http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/34/figuras/DireitosPessoasAutismo_Leitura.pdf">de maltratar,intimidar, humilhar, amedontrar e magoar o outro</a>. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">As pessoas que viram alvos dessas agressões são escolhidas apenas por não conseguirem reagir e por apresentarem um sinal qualquer que as torna diferente da maioria, como a cor do cabelo, a altura, o peso ou comportamentos apresentados por pessoas com autismo, por exemplo. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">A pessoa com autismo pode não ter habilidade para lidar com o bullying, o que pode contribuir para seu isolamento social e interferir em seu processo de aprendizagem. </span><br />
<br />
<br />
<br />
<b><span style="font-family: "Palatino Linotype";">O que fazer se suspeitar que a criança ou o adolescente sofre bullying? </span></b><br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Na maioria das vezes a criança ou adolescente, que seja vítima de bullying <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>não pede ajuda. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Assim, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">caso estranhe algo, conversecom a criança ou com o adolescente e também com os educadores para poder identificar se é mesmo caso de bullying</span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">. Profissionais (professores, psicólogos, educadores etc) também poderão orientar quanto ao que fazer. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Os casos comprovados de bullying devem ser comunicados à coordenação e à direção da escola, que irá definir as estratégias de intervenção a partir de seu projeto pedagógico e das diretrizes apontadas pela Secretaria Estadual de Educação. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">É importante ressaltar que os <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">problemas que ocorrem no ambiente escolar devem ser trabalhados na própria escola, </span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">evitando, desse modo, uma desnecessária criminalização dos conflitos (não é caso de polícia, mas sim de educação e de diálogo; a não ser exceções gravíssimas). </span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-51127205102779534412011-04-28T10:46:00.001-03:002011-04-28T10:51:00.526-03:00Cartilha Direitos da Pessoa Autista 2 EDUCAÇÃO<b><a href="http://www.blogger.com/goog_768150198">As crianças e adolescentes com autismo </a></b><b><span style="font-family: "Palatino Linotype";"><a href="http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/34/figuras/DireitosPessoasAutismo_Leitura.pdf">têm direito à Educação?</a> </span><o:p></o:p></b><br />
<div align="JUSTIFY"><br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Conforme o art. 54 do ECA é obrigação do Estado garantir <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">atendimento educacional especializado </span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">às pessoas com deficiência </span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">preferencialmente na rede regular </span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">de ensino, já que toda a criança e adolescente têm direito à educação para garantir seu pleno desenvolvimento como pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<b><o:p> </o:p></b><b>O que é atendimento educacional especializado? <o:p></o:p></b><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;"><o:p><span style="font-size: small;"> </span></o:p></span><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">É o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">No Estado de São Paulo, a Secretaria de Educação Especial (SEESP) é a responsável pelo desenvolvimento de programas, projetos e ações a fim de implementar a Política Nacional de Educação Especial. Os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento (autismo) e com altas habilidades/superdotação são o público-alvo da educação especial. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">O CAPE (Centro de Apoio Pedagógico Especializado) é o órgão que deve oferecer suporte ao processo de inclusão dos alunos com autismo na rede regular de ensino, oferecendo capacitação aos professores e demais profissionais que atuam na rede estadual. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<b><o:p> </o:p></b><b>O que é inclusão escolar? <o:p></o:p></b><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">É uma política que busca perceber e atender às necessidades educativas especiais de todos os alunos, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino</span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Na proposta de educação inclusiva todos os alunos devem ter a possibilidade de integrar-se ao ensino regular, mesmo aqueles com deficiências ou transtornos de comportamento, de preferência sem defasagem idade-série. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">A escola, segundo essa proposta, deverá adaptar-se para atender às necessidades destes alunos inseridos em classes regulares. Portanto, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação dos professores e nas relações família-escola</span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<b><o:p> </o:p></b><b>Qual a importância da inclusão escolar? <o:p></o:p></b><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">A principal importância é considerar as características de cada criança, garantindo o convívio entre crianças e adolescentes com e sem deficiência, com aprendizado do respeito e da tolerância às diferenças. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro";"><o:p> </o:p></span></b><b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro";">Como deve ser feita a inclusão escolar de crianças e adolescentes com autismo? <o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">O atendimento educacional especializado às pessoas com autismo deve ser, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">de preferência, na rede regular </span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">de ensino. Porém, </span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">não são todas as crianças e adolescentes com autismo que se beneficiam do ensino em salas comuns de escolas regulares</span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">, cada caso deve ser analisado individualmente pela equipe pedagógica e de saúde que acompanha a criança ou o adolescente. Alguns se adaptam bem à inclusão em escolas regulares, porém em salas menores, com suporte, ou até em salas especiais. Algumas crianças e adolescentes com autismo, geralmente, com outras deficiências associadas, se adaptam melhor à escolas especiais. Depende das características individuais de cada um, do momento de vida e de desenvolvimento no qual que está. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro";"><o:p> </o:p></span></b><b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro";">O que é ensino especial? <o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">É um sistema de educação de crianças e adolescentes com deficiência fora do ensino regular, pois as necessidades de algumas delas podem demandar um atendimento mais especializado. Existe ensino especial em todo o mundo, seja em escolas de freqüência diária ou unidades ligadas à escola de ensino regular. As escolas especiais são unidades pequenas e visam à integração e ao desenvolvimento das crianças com apoio especializado. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro";"><o:p> </o:p></span></b><b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro";">Mas e se o Estado não oferece a educação especializada? <o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Caso o Estado não forneça educação especializada próxima da residência da criança e adolescente com autismo, é possível fazer um pedido administrativo para que o Estado cumpra a sentença da ação civil pública da 6ª Vara da Fazenda Pública da Capital. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Este pedido administrativo é uma carta encaminhada ao Secretário da Saúde pedindo uma escola privada ou pública, que tenha a educação especializada e próxima da casa onde reside a criança ou adolescente com autismo. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Você pode elaborar este pedido sozinho ou pode pedir o auxílio de um advogado ou, caso não tenha condições financeiras de pagar pelos serviços jurídicos, procurar a Defensoria Pública do Estado. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">A Secretaria pode justificar que não poderá conceder a escola solicitada e indicar alguma da rede pública ou conveniada. Caso esta escola não atenda as necessidades da criança ou adolescente e não haja outra solução, poderá ser proposta uma ação na justiça por meio de um advogado ou, se não tiver condições financeira de pagar por estes serviços, por um Defensor Público, visando obrigar o Estado a disponibilizar a escola pretendida. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<b><span style="font-family: "Palatino Linotype";"><o:p><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></o:p></span></b><b><span style="font-family: "Palatino Linotype";">O Estado pode exigir alguma taxa dos pais, mães e responsáveis por esta educação especializada? <o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Não pode, já que conforme a Constituição Federal e o ECA a educação fundamental é gratuita, além de obrigatória. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<b><span style="font-family: "Palatino Linotype";">Os adultos com autismo também tem direito à educação? <o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">O adulto com autismo pode realizar ou dar continuidade aos estudos de ensino fundamental e médio, após a idade regular, gratuitamente, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal 9.394/96). <o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">Pela mesma lei e como qualquer cidadão, </span><b><span style="font-family: "Myriad Pro"; font-size: 10pt;">os adultos com autismo têm direito à educação superior, tanto em escolas públicas quanto privadas, em todas as suas modalidades</span></b><span style="font-family: "INCAQ N+ Myriad Pro"; font-size: 10pt;">. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<br />
</div><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><div align="JUSTIFY"></div></span><div align="JUSTIFY"></div></span><br />
<div align="JUSTIFY"><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span></div><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><div align="JUSTIFY"></div><br />
<div align="JUSTIFY"></div></span><div align="JUSTIFY"></div></span><br />
<div align="JUSTIFY"></div><br />
<div align="JUSTIFY"><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span></div><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><div align="JUSTIFY"></div></span></span>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-23435705320530304842011-04-28T10:33:00.001-03:002011-04-28T10:56:19.868-03:00Cartilha Direitos da Pessoa Autista<span style="font-size: x-small;">Esta cartilha foi elaborada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo em parceria com mães, pais e representantes de entidades ligadas ao Movimento Pró-Autista a partir de questionamentos de familiares e profissionais sobre os direitos da pessoa com autismo e a forma de efetivá-los. </span><br />
<a href="http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/34/figuras/DireitosPessoasAutismo_Leitura.pdf">http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/34/figuras/DireitosPessoasAutismo_Leitura.pdf</a><br />
<br />
A Cartilha esclarece sobre autismo seus direitos.<br />
<br />
<b><span style="font-size: small;">O que é Autismo? </span></b><br />
<div align="JUSTIFY"><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">É Transtorno Global do Desenvolvimento </span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">(também chamado de Transtorno do Espectro Autista), caracterizado por alterações significativas na </span></span><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">comunicação</span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">, na </span></span><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">interação social </span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">e no </span></span><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">comportamento </span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">da criança. </span></span></div><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"> </span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><div align="JUSTIFY">Essas alterações levam a importantes dificuldades adaptativas e aparecem </div></span></span><br />
<div align="JUSTIFY"><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">antes dos 03 anos </span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">de idade, podendo ser percebidas, em alguns casos, já nos primeiros meses de vida. </span></span></div><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"> </span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">As causas ainda não estão claramente identificadas, porém já se sabe que o autismo é mais comum em crianças do sexo masculino e independente da etnia, origem geográfica ou situação socioeconômica. <br />
<br />
<b><span style="font-size: small;">Autismo é deficiência? <br />
</span></b><span style="font-size: small;"></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">O Autismo é considerado um </span></span><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">Transtorno Mental e de Comportamento</span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-size: xx-small;">1</span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">. Porém, algumas pessoas com autismo </span></span><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">podem ter também</span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">, associada ao quadro, uma </span></span><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">Deficiência Intelectual </span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">(inteligência mais baixa que a normal, que varia de leve à profunda) ou outras doenças associadas (epilepsia, alterações físicas etc.). Cada um desses problemas de saúde é um novo diagnóstico e novo código do CID-10 (por exemplo, Deficiência Intelectual Leve é F70). Assim, </span></span><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">não são todas as pessoas com autismo que têm Deficiência Intelectual</span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">, algumas, inclusive, apresentam inteligência acima do normal. <span style="font-size: x-small;"></span></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">De qualquer modo, tanto aqueles que têm autismo e possuem inteligência normal ou acima do normal, como os com inteligência abaixo do normal, </span><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">todos são considerados pela ONU (Organização das Nações Unidas) como pessoas com deficiência</span></span><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: xx-small;">2</span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: xx-small;"></span></span><span style="font-size: x-small;">, por terem impedimentos de longo prazo que podem prejudicar ou impedir sua participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas</span><span style="font-size: xx-small;">3</span><b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;">. </span></span></b><br />
<b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span></b><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"><span style="font-family: Myriad Pro,Myriad Pro; font-size: x-small;"></span></span></span></span><br />
<b><span style="font-size: small;">Quais são os direitos das pessoas com autismo? <br />
<br />
</span></b></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><b><span style="font-size: small;"><a name='more'></a></span></b><span style="font-size: small;"></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><br />
<div align="JUSTIFY">As pessoas com autismo têm os mesmos direitos, previstos na Constituição Federal de 1988 e outras leis do país, que são garantidos a todas pessoas. </div><br />
<div align="JUSTIFY">Também tem todos os direitos previstos em leis específicas para pessoas com deficiência (Leis 7.853/89, 8.742/93, 8.899/94, 10.048/2000, 10.098/2000, entre outras), bem como em normas internacionais assinadas pelo Brasil, como a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. </div><br />
<div align="JUSTIFY">Além disso, enquanto crianças e adolescentes também possuem todos os direitos previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8069/90) e quando idosos, ou seja maiores de 60 anos, tem os direitos do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003). </div><br />
Nesta cartilha serão abordados os principais questionamentos sobre os direitos fundamentais das pessoas com autismo, para conhecer a íntegra das normas citadas consulte o site <u>http://www.planalto.gov.br/leg.asp </u>, colocando o número mencionado. </span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"></span></span></span></span>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-48453994260301719092011-04-07T16:52:00.000-03:002011-04-07T16:52:17.515-03:001º ENCONTRO NACIONAL DE EMPREENDEDORISMO CULTURALO CULTURA BRASIL 2011 é um projeto desenvolvido que visa o encontro de projetos e negócios entre:<br />
<br />
<br />
Empresários e produtores culturais – com projetos de qualidade e necessidades de compra de produtos e serviços;<br />
<br />
Agentes sociais – com seus projetos sociais e necessidades de compra de produtos e serviços;<br />
<br />
Fornecedores de produtos e serviços para as áreas da cultura e para o terceiro setor;<br />
<br />
Patrocinadores e Investidores de projetos culturais, sociais e das áreas que fazem interface com a cultura;<br />
<br />
Agentes de setores que fazem interface com a Cultura – esporte, turismo, gastronomia, meio ambiente, lazer, ciência, tecnologia, comunicação, educação, moda e outros – com seus projetos e necessidades de produtos e serviços.<br />
<br />
Serão criados foruns permanentes de negócio, através da instalação de uma Rede Digital de Projetos Sócio-Culturais no site <a href="http://www.portalculturabrasil.com.br/">http://www.portalculturabrasil.com.br/</a>, com o compromisso de não se encerrar as negociações no ENCONTRO, mas sim, continuar comprando e vendendo, reunindo agentes de forma permanente e cada vez mais ampliada, com critérios de seleção de qualidade, ao longo dos meses pós-evento.<br />
<a name='more'></a><br />
Disponibilizar o Catálogo Digital de Negócios e Agentes Sócio-Culturais no PORTAL, divulgação de serviços relacionados à cultura.<br />
<br />
Local:<br />
Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro, Av Paulo de Frontin, 01<br />
<br />
O Encontro tem como estimativa a participação de:<br />
<br />
5.000 visitantes;<br />
<br />
640 Participantes nas Palestras;<br />
<br />
60 expositores;<br />
<br />
1.000 agentes culturais cadastrados no PORTAL, para divulgação de seus produtos e/ou serviços;<br />
<br />
Formação de banco de dados de todos os participantes do ENCONTRO, para formação de rede digital;<br />
<br />
Divulgação de todos os números apurados durante o ENCONTRO (participantes, empresas visitantes e sumário dos principais resultados obtidos e mensurados pela realizadora).<br />
<br />
O público alvo abrangido no Encontro será de: profissionais, artistas e estudantes da área cultural e áreas que fazem interface, sem distinção de idade ou classe social, pois a entrada será franqueada ao público.<br />
<br />
O segmento empresarial abrangido no Encontro será de micro e pequenas empresas ligadas a cadeia produtiva cultural, e também, de empresas patrocinadoras brasileiras.<br />
<br />
A abrangência do Encontro será à nível nacional, não havendo qualquer restrição nas participação de empresas, desde que sediadas no Brasil.RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-28068845021814692602011-04-07T16:39:00.001-03:002011-04-07T16:41:20.975-03:00O PAPEL DO PROFESSORNo âmbito escolar, em especial na sala de aula, fica evidente o papel do professor, ainda mais se este problema envolver seus alunos e seu desempenho escolar. <br />
O bullying está presente na maioria das salas de aula e casos de agressões físicas, ocorrem nas salas de aula, muitas vezes na presença do professor. <br />
<br />
Mas porque essas agressões ocorreram na presença do professor? O professor simplesmente não interferiu ou sua atitude perante a sala não bastou para que os alunos entendessem que o respeito deve haver em um ambiente escolar.<br />
<br />
O professor que critica constantemente o seu aluno, o compara com outros, o ignora, está expondo esse aluno a ser mais uma das vítimas do bullying e de certa forma está agindo com desrespeito ao espaço pedagógico.<br />
<a name='more'></a><br />
Atitudes indiretamente relacionadas ao aluno, também o influenciam, como por exemplo quando o professor se remete a alguém de forma desrespeitosa. O aluno que tem a tendência a desrespeitar o próximo certamente se baseará nas atitudes desse docente.<br />
<br />
Não podemos no entanto, atribuir ao professor toda responsabilidade da ocorrência de bullying na sala de aula. Os alunos podem certamente cometer o bullying sem se basear nas atitudes do professor. Porém, atitudes do professor para com os alunos, assim como foi dito anteriormente, podem sim, gerar chances para que estes cometam bullying na sala de aula.<br />
<br />
No entanto, se o professor transmitir aos alunos a importância do respeito e ter conhecimentos sobre os direitos das crianças, ser o mediador de um ambiente deamizade e companheirismo, interferir de maneira coesa nas chamadas brincadeiras de mal gosto, casos de bullying poderão não acontecer no interior da sala de aula.<br />
<br />
Para que o bullying não aconteça no cotidiano escolar é necessário a participação do professor dos alunos e da família. O professor de um lado tem o dever de transmitir o papel ético, que envolve a importância do respeito mútuo, do diálogo, da justiça e da solidariedade, os alunos o papel de entender e cooperar com as ações do professor e familia apoiar, conversar, observar mundanças de comportamento.<br />
<br />
Os Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais e Ética (BRASIL, 1998), pode ser utilizado de maneira positiva pelos professores no que diz respeito a prevenção do bullying na sala de aula. Questões relevantes, que se o professor souber aplicar em seu cotidiano pedagógico estará contribuindo para que o ambiente escolar seja um ambiente favorável a aprendizagem para todos os alunos.<br />
<br />
Os conteúdos divididos por blocos:<br />
<br />
Respeito Mútuo<br />
A diferença entre as pessoas. O respeito a todo ser humano independente de sua origem social, etnia, religião, sexo, opinião e cultura.<br />
<br />
O respeito às manifestações culturais, étnicas e religiosas<br />
<br />
O respeito mútuo como condição necessária para o convívio social democrático: respeito ao outro e<br />
exigência de igual respeito para si.<br />
<br />
Ao trabalhar, a diferença entre as pessoas este certamente estará prevenindo a ocorrência de bullying em sua sala de aula.<br />
<br />
Justiça<br />
O reconhecimento de situações em que a equilidade represente justiça.<br />
<br />
O reconhecimento de situações em que a igualdade represente justiça.<br />
<br />
A identificação de situações em que a injustiça se faz presente.<br />
<br />
O conhecimento da importância e da função da constituição brasileira<br />
<br />
A compreensão da necessidade de leis que definem direitos e deveres.<br />
<br />
O conhecimento dos próprios direitos de aluno e os respectivos deveres.<br />
<br />
A identificação de formas de açãodiante de situações em que os direitos do aluno não estiveram sendo respeitados. <br />
<br />
A atitude de justiça para com todos as pessoas e respeito aos seus legítimos direitos. articula esses conteúdos em seu cotidiano pedagógico trará para seus alunos a consciência crítica sobre seus direitos e deveres como alunos e como cidadãos.<br />
Diálogo<br />
O uso e valorização do dialogo como instrumento para esclarecer conflitos.<br />
<br />
A coordenação das ações entre os alunos, mediante o trabalho em grupo.<br />
<br />
O ato de escutar o outro, por meio do esforço de compreensão do sentido preciso da fala do outro.<br />
<br />
A formulação de perguntas que ajudem a referida compreensão.<br />
<br />
A expressão clara e precisa de idéias, opiniões e argumentos, de forma a ser corretamente compreendido pelas outras pessoas.<br />
<br />
A disposição para ouvir idéias, opiniões e argumentos alheios e rever pontos de vista quando necessária.<br />
<br />
O diálogo, é uma das maneiras mais eficazes de se prevenir, combater o bullying na sala de aula.<br />
<br />
Com o diálogo o professor faz com que os alunos agressores reflitam sobre os seus maus atos, sobre as conseqüências que suas atitudes podem gerar nos alunos agredidos.<br />
Solidariedade <br />
Identificação de situações em que a solidariedade se faz necessária, <br />
<br />
As formas de atuação solidária em situações cotidianas<br />
<br />
A resolução de problemas presentes na comunidade local, por meio de variadas formas de ajuda mútua;<br />
<br />
A sensibilidade e a disposição para ajudar as outras pessoas, quando isso for possível e desejável.<br />
<br />
Trabalhar com seus alunos o respeito mútuo, o diálogo, a justiça e a solidariedade, na vida escolar.<br />
<br />
O professor certamente é um grande incentivo para que esses alunos não cometam atitudes de bullying contra seus colegas de sala.RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-30435789377441083612011-04-07T16:03:00.002-03:002011-08-20T17:57:20.662-03:00Em um Mundo Melhor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJvnfsQ8uKzoG4GE-91o5GkkypeajhOyk1g_Ml_lndg23dqGBkDiL5KImiQdibU82QoXLXSaoGVugBYr3LgqTqhVP-im3HRgSIE0KWBaQmGDrDnzEZlocNubfnYEIYOGoDo8y09jE6aho/s1600/poster%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJvnfsQ8uKzoG4GE-91o5GkkypeajhOyk1g_Ml_lndg23dqGBkDiL5KImiQdibU82QoXLXSaoGVugBYr3LgqTqhVP-im3HRgSIE0KWBaQmGDrDnzEZlocNubfnYEIYOGoDo8y09jE6aho/s200/poster%255B1%255D.jpg" width="136" /></a></div>É assim que as guerras começam", diz o pai depois de buscar na escola o filho que caiu na provocação do bully. Isso que parece uma caricatura de sermão - as reações sempre exageradas dos adultos - no cinema da diretora dinamarquesa Susanne Bier é perfeitamente normal. Para ela, as guerras de fato começam assim.<br />
<br />
<br />
E a guerra virou uma obsessão. Recentemente, Bier tocou no assunto de forma mais direta em Brothers, e hoje, assaltada por uma grandiloquência (ou uma culpa burguesa), ela parece não conseguir mais fazer pequenos melodramas sem antes contextualizá-los geopoliticamente. Mais do que nunca, há algo de podre no reino da Dinamarca. A consciência tem pesado.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/84WhAEBD060?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
Em um Mundo Melhor parte, assim como Depois do Casamento, de uma cena terceiro-mundista para só depois ambientar a trama na Europa. Estamos em uma nação africana em guerra civil, onde o médico sem fronteiras sueco Anton (Mikael Persbrandt) tenta salvar meninas esfaqueadas e violentadas pela facção criminosa dominante. Anton, como bom médico, não julga as pessoas que atende - não lhe cabe fazer justiça.<br />
<a name='more'></a><br />
Mas Anton se vê diante de uma situação delicada quando, de volta para a sua casa, na Dinamarca, descobre que o seu filho e o novo amigo dele se vingaram do bully do colégio de forma agressiva. Dizer que violência só gera violência não basta, e posar de bom moço que dá a outra face também não adianta. As crianças estão decididas a consumar, também em outros aspectos do seu dia a dia, essa descoberta satisfação de revidar.<br />
<br />
Como Susanne Bier nunca foi uma diretora de meias palavras, perdoa-se o seu exagero quase irresponsável de comparar a realidade cruel de um fim de mundo africano com as questões rotineiras dos belos loiros suecos e dinamarqueses. O que torna Em um Mundo Melhor insuportável não são as cenas na África, mas a tentativa constante de enxergar em tudo aquilo que se move na Europa sintomas das doenças gerais da humanidade.<br />
<br />
Então, no filme, se a avó do garoto diz inocentemente que "já instalamos internet no seu quarto", ferrou. Internet é a porta do mal. Se o avô guardava fogos de artifício no galpão, boa coisa não há de vir. Se os pais se separam, é um futuro apocalíptico que espera qualquer criança. E se as crianças gostam de passar a tarde no terraço de um edifício precário, então daí já viu. Em um Mundo Melhor é o filme da vida de quem decide educar os filhos em casa e não na escola. Em casa tudo é fotografia saturada, espreguiçadeiras à beira do lago e muitos abraços paternais.<br />
<br />
Se pretendia colocar os seus personagens em um contexto complexo, e dar conta dos dramas mais variados, como o luto ou a rixa entre nações, o filme só consegue isolar e esvaziar esses personagens e esses dramas. O medo venceu, enfim. O mal-estar de Susanne Bier com o mundo entra em metástase.<br />
<br />
resenha <cite style="display: inline; font-style: normal; left: 42px; position: absolute; top: 8px;">Resenha por Miguel Barbieri Jr:</cite>por Miguel Barbieri Jr:<br />
O arrebatador drama dinamarquês faturou, merecidamente, o Oscar 2011 de melhor filme estrangeiro. Foi a consagração da diretora Susanne Bier, badalada por irregulares trabalhos anteriores como "Brothers" (2004) e "Depois do Casamento" (2006). A cineasta monta aqui um painel capaz de provocar empatia imediata na plateia ao discutir vários temas sem perder o fio da meada nem tecer julgamentos morais. Num campo de refugiados na África, o médico sueco Anton (Mikael Persbrandt) convive diariamente com o horror da guerra civil. Em uma cidade da Dinamarca, seu filho passa por situação igualmente triste e cruel: é vítima de bullying na escola por causa de sua origem e da frágil aparência. Seu novo companheiro de colégio vai, porém, salvá-lo dos inimigos brutos agindo de uma forma inesperada. Para não estragar as surpresas, não dá para ir além nessa trama bastante atual, pontuada por momentos tão desconfortantes quanto oportunos. Desde já, um dos grandes lançamentos do ano. Estreou em 11/03/2011.RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4122458020646515687.post-1401930283571983282011-04-07T15:39:00.000-03:002011-04-07T15:39:30.840-03:00Trabalho de prevenção e atendimento ao bullying<span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tanto a escola quanto os pais têm de ficar atentos às mudanças de comportamentos das crianças e dos jovens. Não se muda sem motivo, tudo tem uma razão de ser. </span><br />
<span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a name='more'></a><br />
• Com as testemunhas: estimular a delação saudável, explicando que o silencioso é conivente e cúmplice do agressor. Garantir proteção e sigilo às testemunhas, que permanecerão no anonimato, aceitando seus telefonemas, e-mails, MSN, bilhetes ou pessoalmente as indicações dos agressores.<br />
<br />
• Com as vítimas, mantendo-as sob vigilância “secreta” sob a atenção de todos os adultos da escola e adolescentes voluntários neste ato de civilidade no combate ao bullying. É perda de tempo esperar que as vítimas venham a reclamar dos seus agressores. É também uma conivência e cumplicidade com o agressor.<br />
<br />
• Com os agressores, é necessário aplicar o princípio das conseqüências que são medidas tomadas pelas autoridades educacionais que favoreçam a educação. O simples castigo não educa. O agressor identificado deve fazer trabalhos comunitários dentro da escola, como auxiliar em algum setor que tenha que atender às necessidades das pessoas. Pode ser numa biblioteca, na cantina da escola, enfermaria ou setor equivalente etc. No lugar de agredir a vítima, ele deverá cuidar dela. Quem queima mendigos deve trabalhar com queimados, fazendo-lhes curativos e não ir simplesmente para a cadeia. Isso deve ser feito durante o recreio ou intervalo, usando o uniforme usual do setor.<br />
<br />
<span style="color: black; font-family: Symbol; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10pt;">Integração entre escola e pais, tanto do agressor quanto da vítima: quanto mais se conhece as pessoas, </span><br />
<span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10pt;">mais elas se envolvem e menos coragem têm para fazer mal umas às outras. Mudanças destes alunos para outras escolas não são indicadas. Todos aprenderão na correção dos erros praticados e não através dos erros cometidos.</span></span>RR por Cláudia Medrado Martinshttp://www.blogger.com/profile/03413115461042628735noreply@blogger.com0